quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Madrugada

Já era muito tarde, ou talvez fosse cedo... dependia apenas de no pulso de quem estivessem os ponteiros. De todo modo, era a hora em que eu estava chegando em casa. A hora em que saíra, contudo, eu já não fazia ideia. Lembrava apenas de alguns flashes da noite anterior. Algo como alguma bebida, alguma fumaça, alguns gritos sobre política, um alvoroço no portão de casa. Sabia que algo interessante havia acontecido. Eu poderia ter sido presa, conhecido minha alma gêmea ou descoberto uma nova constelação. Mas nada disso importava, afinal, eu sequer lembrava de ter saído de casa. Entrei sozinha, sem sono. A casa fechada tinha cheiro poeira e minha cama estava desfeita. Meus pés doiam e eu estava muito cansada. Tirei os sapatos, deitei na cama e deitei de jeans e luz acesa. Adormeci.

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