sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Amigos imáginarios!

Anna Clara, sozinha em casa, trancou-se no quarto e vestiu sua melhor roupa. Apenas para sentir-se bem com seu espelho de bordas vermelhas, que, achou por bem, combinar com a cor de seus lábios. Humanidade ultra-sensível, cria mais dor do que deveria existir e, por conhecer tanta dor, aprende a encontrar prazer em coisas banais. Sabe a sensação de solidão que dá quando acabam as pilhas do som no meio de um disco do legião urbana? Anna Clara pegou-se, então, calculando qual o provável limite para amigos imaginários e quantos ela ainda criaria. Livros, sons, tintas, álcool ou movimento. É difícil esperar muito das pessoas que vem de fora. Nunca, nunca são como parecem ser. Quase todos os sorrisos tem dentes postiços e maquiagem colorida. Nada melhor, agora, do que tocar um bom e velho blues.

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